Pesquisar
Close this search box.

Vereadora candidata à reeleição em BH sofre violência política; Polícia Federal investiga

Iza Lourenço, candidata à reeleição, teve seu material de campanha violado e foi vítima de crime eleitoral
A vereadora de Belo Horizonte Iza Lourença.

Foto: Mandato Iza Lourença

26 de setembro de 2024

A vereadora de Belo Horizonte Iza Lourença (PSOL) acionou a Polícia Federal (PF) para investigar o crime eleitoral de dano a material de campanha e de violência política de gênero contra sua candidatura à reeleição. O Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH) acompanha o caso. 

A equipe da vereadora teve acesso às imagens do sistema de câmeras de segurança do Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH). Segundo a candidata à reeleição, uma bandeira, localizada próximo ao comitê de campanha, no centro da cidade, foi rasgada por um homem, ainda não identificado, que portava um objeto cortante, parecido com uma faca. 

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

“As imagens não deixam dúvidas. O homem nitidamente não queria ser identificado, usava boné, óculos e mantinha a cabeça sempre baixa. Ele caminhou diretamente para a bandeira e a rasgou de forma violenta. Com certeza foi um caso de violência política contra mim”, afirmou a vereadora em nota oficial.

No dia seguinte, outra bandeira da campanha da vereadora foi queimada na Avenida do Contorno, na região Leste da cidade, próxima à sede do partido. Nas imagens, também fornecidas pelo COP, um homem não identificado, que usava máscara, utilizou um isqueiro para provocar o fogo. Esse episódio também será investigado.

Ameaças durante o mandato

Iza Lourença foi uma das parlamentares de Minas Gerais que teve sua vida e a da sua família ameaçadas. O inquérito da Polícia Civil sobre esse caso foi encaminhado para o Ministério Público em agosto de 2023, após a prisão do principal suspeito, e aguarda posição sobre o indiciamento.

“Nos últimos meses, eu, minha família e minha equipe temos lidado com as consequências das ameaças, desde a escolta da guarda municipal até restrições nas agendas públicas. Não podemos normalizar a violência política de gênero”, completa Iza.

Em 12 de setembro, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia anunciou a criação de um órgão para combater violência política de gênero. O grupo será denominado de Observatório de Direitos Políticos Fundamentais da Mulher. As candidaturas femininas representam apenas 34% das candidaturas totais registradas em 2024, apesar de serem a maioria das votantes.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

Leia Mais

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano