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Fotógrafo carioca transforma perrengue em profissão durante a pandemia

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16 de outubro de 2020

Saulo Rodrigues começou a fotografar na casa dos avós, onde se recuperava de um problema na coluna; apaixonado por registrar pessoas, ele busca dar novos passos na carreira profissional

Texto: Guilherme Soares Dias | Edição: Nataly Simões | Imagem: Acervo Pessoal

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Saulo Rodrigues, 36 anos, nasceu e cresceu na Tijuca, no Rio de Janeiro, e sempre foi curioso e gostou de pessoas. O amor pela fotografia surgiu quando ele teve um problema de coluna em 2017 e teve que ficar de dois a três meses afastado do trabalho. Para passar o tempo, começou a fotografar na casa dos avós, onde se recuperava. As primeiras fotos foram feitas pelo celular e registravam o cotidiano dos avôs, como o avô pegando sol na janela e a avó lendo a bíblia todo dia de manhã.

Como tinha emprego formal de auxiliar administrativo, a fotografia se tornou um hobby. Nunca perdeu, no entanto, o objetivo de tê-la como trabalho principal. “É algo que amo fazer. Gosto de registrar momentos, sorriso, olhar, coisas aleatórias que estejam acontecendo”, conta.

Quando começou a pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, Saulo perdeu o trabalho e teve o incentivo que faltava para se dedicar de vez à fotografia. “Comecei a correr atrás. Peguei a minha câmera, comecei a fazer cursos, me especializei e passei a fazer fotos de maneira profissional”, relata.

Hoje, Saulo vive da fotografia e também o desafio de ser empreendedor pela primeira vez, já que oferece os seus serviços de forma autônoma. “Estou aprendendo bastante e correndo atrás para ter meu nome reconhecido. Minha história está sendo escrita e tem muita página para ser preenchida”, diz ele, que é pai de Maria Flor, de um ano, vascaíno, geminiano e está sempre com um sorriso no rosto.

Nas fotos que faz dá para perceber a paixão pela fotografia, pelos momentos e pessoas. “Gosto de resgatar a autoestima delas, uma fotografia bem tirada dá a sensação de estar bem consigo mesma”, ressalta.

Atualmente, o fotógrafo trabalha com ensaios. “Fotografia, para mim, significa memória, eternizar o tempo. É algo sensorial, não apenas uma imagem, que vem repleta de significados e memórias”, considera. Os próximos passos de Saulo são começar a fotografar casamentos e editoriais de moda. “É o que vou buscar a partir de agora”, adianta.

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