PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Rapper Priscilla Fenics lembra em ‘Meia Quatro’ repressão contra negros na ditadura militar

23 de outubro de 2020

Single do álbum da cantora previsto para 2021 faz uma comparação entre a violência dos anos 60 e a falta de liberdade de expressão nos dias atuais

Texto: Juca Guimarães I Edição: Nataly Simões I Imagem: Fridas Comunica e Fotógrafa

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

O sentimento de repetição da história, com fortes doses de violências contra o povo negro, é uma presença sufocante na música “Meia Quatro” da rapper Priscilla Fenics. A faixa conta com participação de Suh Menezes e produção do músico BeiLLi.

Para a cantora, a repressão sofrida pela população negra, entre 1964 e 1985, foi esquecida nos livros, filmes e documentários sobre a ditadura militar. Na visão poética dela, há muitas semelhanças entre o Brasil de hoje e o que foi encoberto.

O single lançado nas principais plataformas de música, incluindo o lyrics video (animação com a letra) no YouTube, pergunta: “quem vai tapar os buracos das balas?”

Em um trecho da letra, a rapper destaca uma lembrança que ecoa uma cena ainda presente. “Estratagema, pulsos pretos, antes correntes, hoje algemas. Alguém geme, é a nossa gente nos porões do DOPs. Tortura, porrada, tontura. Na carne, a navalha. A voz que se cala. Tirem as crianças da sala”.

Segundo Fenics, a canção expõe a fragilidade da política brasileira e a constante ameaça ou perda de direitos conquistados por movimentos sociais. Meia Quatro é uma das faixas do álbum chamado #arbocaura, que a cantora deve lançar em abril de 2021.

Confira o vídeo de  “Meia Quatro”:

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

Leia mais

PUBLICIDADE

Destaques

Cotidiano