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Ato contra racismo religioso marca 1ª agenda pública de Macaé Evaristo como ministra

Durante a Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, no Rio de Janeiro, a nova ministra afirmou que o direito à religião é fundamental para a luta contra as desigualdades
Imagem mostra a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, ao lado do babalaô Ivanir dos Santos, durante a 17ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, na praia de Copacabana.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

16 de setembro de 2024

A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, participou da 17ª edição da Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, realizada no Rio de Janeiro. Essa foi sua primeira agenda pública após ser nomeada para o cargo. A caminhada, que aconteceu no domingo (15), reuniu praticantes de diversas religiões que marcharam juntos ao longo da orla da Praia de Copacabana, na zona sul da capital fluminense. O objetivo da mobilização foi pedir paz e denunciar casos de intolerância e racismo.

Macaé Evaristo afirmou que o direito à liberdade religiosa é fundamental para a luta contra as desigualdades no país. Segundo a ministra, a bandeira levantada na marcha representa muitas coisas, como a luta contra a fome, pelo trabalho “e por uma política de cuidado, que é a principal pauta das nossas comunidades”, disse.

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Na ocasião, a ministra também falou sobre sua trajetória e como ela a credenciou a assumir a pasta de Direitos Humanos e Cidadania. 

“Eu sou professora de escola pública e trabalhei 20 anos em comunidades vulneráveis de Belo Horizonte. Comecei no território de menor IDH de Belo Horizonte e depois fui para o Aglomerado da Serra, na década de 1990, em um momento de alta taxa de homicídios. Creio que temos muito trabalho a fazer e precisamos conectar agendas, construir objetivos e metas claras para fazer diferença nas comunidades”, afirmou Macaé Evaristo.

A Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa é organizada anualmente por duas entidades: o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap) e a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro (CCIR). O Ceap atua na promoção da cultura negra como forma de combate ao racismo e à intolerância religiosa desde 1989, enquanto a CCIR foi fundada em 2008 por umbandistas e candomblecistas e agora agrega representantes de diversas crenças.

Texto com informações da Agência Brasil.

  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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