Recife e Olinda (PE), Salvador e Feira de Santana (BA), NATAL (RN), Campina Grande (PB), Fortaleza (CE) e São Luís (MA) estão entre os municípios do Nordeste com pretos e pretas eleitos vereadores
Texto: Victor Lacerda | Edição: Nataly Simões | Imagem: Divulgação
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As eleições deste domingo (15) resultaram em mais representatividade para as Câmaras de Vereadores das cidades que compõem o Nordeste. Com números expressivos de votos, diferentes perfis de candidatos negros e negras foram eleitos nos municípios da região.
No Recife, a candidata Dani Portela (PSOL) foi a mulher mais votada da cidade, com 14.114 votos. A historiadora, professora e advogada foi eleita em sua primeira candidatura para a Câmara da capital pernambucana.
Na cidade vizinha, Olinda, o advogado de 26 anos Vinicius Castello foi eleito com 2.007 votos, tornando-se o mais jovem vereador da cidade e o primeiro LGBTQIA+ a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal.
Em Natal, capital do Rio Grande Norte, a candidata pelo Partido dos Trabalhadores (PT) Divaneide Basílio foi a mulher mais votada da cidade, totalizando 5.966 votos. Filha de trabalhadores rurais, a cientista social atua nas pautas que envolvem negritude e o feminismo. O mesmo aconteceu com a estudante de história e integrante da “Marcha das Mulheres” Brisa Bracchi, eleita com 2.901 votos.
Na cidade de Salvador, na Bahia, a parcela de candidatos negros teve grande expressividade, tanto em candidaturas, como em vereadores eleitos. A candidata mais votada da capital baiana foi Ireuda Silva, pelo partido de direita Republicanos, com 12.098 votos. Seguida por Júlio Santos, também do Republicanos, eleito com 8.810 votos.
A ativista Marta Rodrigues, do Partido dos Trabalhadores (PT), foi eleita como vereadora pela terceira vez com 7.271 votos. Salvador ainda elegeu a neta de Carlos Marighella, ativista conhecido por lutar contra o período da Ditadura Militar, Maria Marighella, que recebeu 4.837 votos. A cidade também elegeu uma mandata coletiva de mulheres negras, o “Pretas Por Salvador”, que totalizou 3.635 votos.
Ainda no estado baiano, o militante, que integra a luta do campo e da comunidade quilombola Jhonatas Monteiro foi o candidato mais votado da cidade de Feira de Santana, vencendo a eleição com 8.292 votos.
A assistente social e candidata à vereança pelo PCdoB, Jô Oliveira, fez história na cidade de Campina Grande, na Paraíba, como a primeira mulher negra eleita ao cargo na cidade. Ela recebeu 3.050 votos.
Na capital cearense, Fortaleza, a candidatura coletiva formada por mulheres negras do PSOL “Nossa Cara” também foi eleita. O coletivo foi o primeiro eleito na cidade e conseguiu uma vaga na Câmara com 9.824 votos.
Em São Luís, no Maranhão, a administradora e diretora artística Silvana Noely, candidata pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), foi a mulher negra mais votada com 2.913 votos. A cidade também foi responsável por eleger o mandato coletivo “Sou Nós”, com 2.110 votos.
Todos os eleitos exercem mandato de 2021 a 2024.