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Número de prefeitos negros eleitos em capitais diminuiu desde as eleições em 2020

A cifra, no entanto, ainda é superior a de negros eleitos para chefiar prefeituras em 2016; levantamento é do jornal Folha de São Paulo
Imagem mostra a fachada do Fórum Eleitoral de Manaus, uma das capitais que terá um prefeito que se autodeclarou negro.

Foto: TRE-AM

29 de outubro de 2024

Seis das 26 capitais brasileiras terão prefeitos que se autodeclaram negros no próximo ciclo eleitoral. O número representa uma diminuição em relação à última eleição municipal, realizada em 2020, quando oito pessoas pardas assumiram cargos no Executivo municipal.

Apesar da redução, a quantidade ainda é superior a de negros eleitos a prefeituras em 2016, quando apenas quatro pessoas autodeclaradas pardas venceram. Antes de 2016, não se registrava a autodeclaração de cor ou raça.

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Segundo o levantamento publicado pela Folha de SP, todos eles são homens registrados como pardos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e atuam em partidos conservadores.

No primeiro turno, foram eleitos Tião Bocalom (PL), em Rio Branco, Arthur Henrique (MDB), em Boa Vista, e João Henrique Caldas (PL), em Maceió. No segundo, Cícero Lucena (PP) venceu em João Pessoa, Sebastião Melo, em Porto Alegre, e David Almeida (Avante), em Manaus.

Em 2025, um total de 1.850 negros vão assumir a lideranças de prefeituras, o que representa um aumento de 57 pessoas em relação ao pleito anterior. Desses, 127 se autodeclararam pretos e 1.723, pardos. Esses dados consideram apenas os candidatos com situação válida, que não tiveram seus resultados anulados judicialmente.

Conforme aponta a análise, os prefeitos negros correspondem a 33,5% de todos os eleitos para os cargos Executivos municipais. A maioria é composta por pessoas brancas, que representam 65,8% do total. Amarelos e indígenas respondem por 0,2% cada grupo.

* Com informações da Folha de SP.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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