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Projeto de lei fixa cotas para pessoas trans e travestis nas universidades federais

O projeto apresentado pela deputada Erika Hilton quer garantir 5% da reserva de vagas para estudantes trans e travestis em instituições federais de ensino superior
A imagem mostra a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), autora de PL que estabelece cota para trans e travestis no ensino superior público.

Foto: Reprodução / Câmara dos Deputados

21 de outubro de 2024

A Câmara de Deputados analisa um Projeto de Lei (PL) que pretende incluir pessoas trans e travestis nas políticas de ação afirmativa para os cursos de graduação de todas as instituições federais de ensino superior.

A proposta, de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) quer manter, no mínimo, 5% das vagas destinadas a essa população. As formações com quantidade total de vagas inferior a 50 vagas deverão destinar, minimamente, três vagas exclusivas para estudantes trans e travestis. 

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O PL nº 3109/23 ainda estabelece que as pessoas elegíveis para a política serão submetidas a atividades fiscalizatórias realizadas pelas instituições de ensino, sendo vedada a exigência de apresentação de laudos médicos para comprovação da identidade de gênero.

Caberá às universidades instituir e coordenar comitês técnicos responsáveis por atender as demandas pertinentes à implementação da medida, que deve realizado em conjunto com organizações e atores LGBTQIA+ auto-organizados.

De acordo com a proposição, as comissões deverão viabilizar e apurar denúncias de transfobia realizadas contra os futuros cotistas, estruturar ações de permanência estudantil, desenvolver processos de formação e capacitação para servidores. O colegiado também deverá garantir a preferência dos beneficiados para ocupação de vagas para moradias estudantis.

Como justificativa, a parlamentar aponta que poucas universidades federais aderiram à reserva de vagas para trans e travestis na graduação, sendo mais comum a política em cursos de pós-graduação. “O surgimento de políticas afirmativas ao nível nacional busca a reparação da exclusão sofrida pela população trans e travesti na sociedade brasileira”, diz trecho do texto legislativo. 

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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